6.12.07

Queres saber porque te amo?!

Então eu digo-te:
Amo-te por seres quem és.
Amo-te, por certo que a minha vida és tu...
Amo-te porque...

"...O Miguel levou os três meses de Verão a fugir do mar e a querer entrar no mar, sentia-se feliz e ao mesmo tempo assustado, angustiado e cansado de querer entrar no mar que o assustava pelo cheiro, pelo barulho, pelo frio gelido, pelo chão, pela água que se agigantava cada vez que ele dava um passo em frente, pelos cheiros de cremes bronzeadores, pelos aviões a passar, pelo vendedor de bolinhas de berlim, pelos brinquedos e bolas, pela luz intensa.... Tudo... mas tudo o Miguel sentia e apavorava-o... mas também o chamava... e assustava... e chamava... ao nosso colo ia entrando no mar, com muito medo... a dizer concerteza "não melargues... ai não me largues". Os seus braços davam três voltas ao nosso pescoço, evitando uma queda fatal para o fundo do mar de 50 cm que inundava-nos o joelho. e assustava-o e chamava-o... assustava-o e chamava-o... mais um passo, um pouquinho mais fundo... apertava um pouco mais o nó de braços à volta da nossa garganta e com os seus pés pendurava-se na anca com a força para chegar ao céu... Era evidente para todos naquela praia que o Miguel nunca iria entrar no mar sozinho... houve uma senhora que ia a pensar nisso e o Miguel deu-lhe uma valente chapada nas costas... e o mar... azul... assustava-o e chamava-o... assustava-o e chamava-o... Certo dia em pleno Agosto nas praias de Albufeira o Miguel sentiu haver muito mais-menos gente... mais-menos gritos... mais-menos bolas... e mais-menos brinquedos. Havia alguém que o levava no colo à água, que chamava e assustava, alguém em que ele passou a confiar porque nunca o deixara cair no fundo do mar, deixaram de haver bolas de berlim... os aviões deviam ter mudado de rota... e mar chamava e assustava... chamava e assustava... Em Setembro... com menos 1 milhão de pessoas e mil aviões, sem bolas de berlim e sem cremes bronzeadores, com os meninos a fazer as compras no Hipermercado a preparar a escola com os papás, o Miguel continuava na praia porque o mar continuava a chamar e a assustar, a chamar e a assustar. Setembro... mês das marés vivas, do Mar Grande, mês de ondas Tsunami e areia picante por dentro dos nossos calções, chamou o Miguel que entrou na água sem medo, banhando-se no mar como se tivesse crescido numa cabana perto da praia, deixou-se enrolar... ir e vir... bebeu água salgada!! mergulhou, gritou, deu pontapés na água..."

E ainda mais...
Amo-te porque...

"Aguça açucar

O corpo pede-me descanso,
nem por isso a vida,
uma cor de arranjo,
tirar um tiquê de ida.

aguça a acidez
aguça faltar
o doce teu açucar

Aperta de novo,
o vazio da tua falta,
grita o beijo no pescoço,
vazia a casa, a alma.

aguça a acidez
aguça faltar
o doce teu açucar

Uma cor para mais cores,
mais alegrias para menos dores,
que se aguçam na tempestade
de ter de ser, porque te amo.


Psicologia depressa

Psicologia... depressa,
deixa os números,
olha o corpo e o ser,
vai aprender!

Aprender sem pensar
tem der ser
pensar para aprender
pouco sumo, muito ar...

Fisioterapia... depressa,
deixa os ossos,
olha o corpo e o ser,
depressa para ninguém morrer ninguém.

Aprender sem pensar
tem der ser
pensar para aprender
pouco sumo, muito ar..."

És a minha pessoa mais especial.
Amo-te.
És a minha vida.
Tua.

28.11.07

Queres casar comigo?!



Aqui deixo as tuas palavras, meu amor. O nó que nos une é tão forte que basta dizer que te amo, isso diz tudo. Assim somos nós...


"São outros sons
são sons mais lentos
são outras correntes de pedal
outras birras de criança
outras cores no estendal
outras conversas e andaças

são outras cores
são cores mais lentas
são outros céus
outros mares
outras marés
outro sol
outras núvens
que me aquecem o sangue
da cabeça aos pés

outros olhares
outros sorrisos
mil conversas
mil compromissos
mil promessas
1 milhão de Domingos
1 milhão de outras simplicidades... nossas... como o nosso olhar.

Por certo que o meu amor és tu... :)

Amo-te muito"


Ao que te respondo meu amor:


Disse-te um dia que daria a volta ao mundo para estar contigo.

Agora digo-te meu amor que farei o que for melhor para o nosso mundo, para a vida que sonhámos juntos, mesmo que isso signifique estarmos longe um do outro um pouco mais de tempo...Sabes que isso é o maior e melhor presente que te posso dar. Agora sim sei o quanto me amas. Adoro-te.

27.11.07

Só para dizer.......

Tenho saudades tuas.
Sim, estamos casados há muito tempo. Não no papel, mas no coração. Esse laço é inquebrável.
Amo-te.
Tua.
Ratatuinha.

12.11.07

Histórias do nosso amor...

O nosso amor é bonito demais para ficar apenas para nós...Espero que não te importes que o partilhemos com o mundo...Aqui ficam excertos do nosso amor, constante, a cada momento do dia:

Olá doce!
Escrevo-te de fugida, antes de ir almoçar...
Escrevo sem tema ou assunto, escrevo porque há já muito tempo atrás me pediste para nunca deixar de te pedir para me conquistares...
Escrevo para dizer que adorei o fim-de-semana.
Escrevo para dizer que te adoro, que sinto a tua falta.
Gosto tanto de ti que a minha vontade era estar sempre contigo.
Tenho a certeza absoluta que a minha vida tem este sentido por estar a teu lado.
És a família que eu escolhi e sei que seremos uma família muito feliz, agora só temos que a construir.
Gosto de ti. Só quero que saibas isso. Beijo. - Disse EU.

Olá amorito! Tudo bem?
Telefonei ainda à pouco, mas não atendes-te.
Quando vi o teu e-mail, ataquei de imediato a mensagem para ler as tuas palavras, que guardo sempre com todo o carinho e com todo o amor.
É bom escrever-te de volta para te dizer que te amo.
Beijo doce - Respondeste TU."

Falta pouquinho...

As palavras são tuas, meu amor, mas faço-as minhas:
"Cheiramos, bebemos, comemos, dançamos...Amamos e amamo-nos...E o nosso mundo é nosso. Simples, tal como o sol."

Estarei sempre, sempre contigo!
Amo-te.

11.11.07

Porque tenho a certeza que és a minha pessoa mais especial...

HOJE, UM MÊS DEPOIS DE TERES IDO, JUNTAMO-NOS AQUI, NO NOSSO MUNDO, ENQUANTO FALAMOS NOS PIWIS QUE VAMOS TER, ENQUANTO DECIDIMOS QUANDO FAZER E DAR SOPA, E DECIDIMOS ESCREVER, LUTAR POR AQUILO EM QUE ACREDITAMOS E ESCREVEMOS O SEGUINTE:

"Boa tarde.

Soubemos através de Professores Universitários, Professores, Psicólogos e Técnicos de Educação Especial e Reabilitação, que este (Des)Governo para além de ter diminuído os quadros de Técnicos e Professores para a Educação Especial, planeia alterar o Despacho Conjunto nº 891/99 retirando o apoio a crianças e suas famílias que estão inseridas em meios susceptíveis de perturbar gravemente o seu desenvolvimento, condicionando as suas dinâmicas familiares, proporcionando quadros graves de desequilíbrio familiar.

Talvez, para garantir a poupança de mais alguns cêntimos, esquecendo milhares de famílias, estes cegos "altamente equipados com tecnologia de ponta" provida pelo Ministro Mariano Gago em qualquer feirinha Japonesa de tecnologia de ponta, não conseguem verificar que, retirando dos Critérios de Elegibilidade os Factores de Risco Ambiental, estarão, no futuro, a patrocinar mais crianças com Perturbações Graves do Desenvolvimento, nomeadamente alterações emocionais e de comportamento, mais crianças com deficiência, mais crianças com perturbações da Linguagem/Comunicação, Relação/Comportamento e Cognitivas, estão a fomentar mais crianças vítimas de negligência, mais crianças expostas a situações de maus-tratos e violência, mais crianças expostas a situações de pobreza extrema...Estas crianças que não desenvolveram qualquer deficit económico... serão o "Trigger"para um dos mais graves deficits sociais do século XXI, estando apenas a fomentar ainda mais a Desigualdade num ano em que irónicamente, estes mesmos cegos "altamente equipados com tecnologia de ponta", decidiram fazer parte do Ano Europeu para a "Igualdade de Oportunidades".
O Modelo de Intervenção que fundamentou o Despacho 891/99, para além de ter em conta o contexto e meio natural onde a criança se desenvolve, respeita e assegura que a intervenção se realiza de acordo com as Necessidades, Prioridades e Preocupações das famílias, apoiando-as, orientando-as e capacitando-as para que possam elas próprias oferecer as melhores condições às suas crianças, desde o seu nascimento.
Ora a evidência, investigações Internacionais e Nacionais e o senso-comum demonstram e notam que famílias em desfavorecimento social, quando inseridas em contextos sociais pobres e marginalizados, não conseguem, sem apoio, oferecer aos seus filhos todas as condições para um desenvolvimento infantil íntegro. Contudo, O Modelo Ecológico de BrofenBrenner, seguido e compreendido nos países desenvolvidos, acredita totalmente na capacitação da família enquanto contexto primordial e único para um desenvolvimento equilibrado da criança, defendendo que a Intervenção se deve desenvolver seguindo modelos práticos centrados na família e não exclusivamente centrados na criança.

A alteração que se pretende realizar ao Despacho atrás mencionado, prevê que apenas se preste apoio a crianças cujas características se insiram nos critérios de risco biológico e/ou estabelecido. Esta postura permite apenas remediar, pois abandona toda e qualquer perspectiva de prevenção.

Alguém poderá lembrar a esta gente que vão gastar muito mais dinheiro assim?! Estarão a conduzir-nos para uma Sociedade ainda mais desigual...Teremos mais pessoas com deficiência de vários tipos, apesar de ainda existirem inúmeras entidades e serviços (incluindo Organismos Públicos) completamente inacessíveis. Teremos mais famílias dependentes de subsídios e cuidados públicos e consequentemente mais despesa (apesar de o Governo ter já anunciado que a Segurança Social Portuguesa se encontra à beira do colapso). Teremos mais crianças com perturbações emocionais e comportamentais, aumentando eventualmente os índices de marginalidade e delinquência, que voltam a acrescer mais despesa! Será que alguém conseguirá explicar isto a este grupo de “iluminados tecnológicos”?

Espero que, ao enviar este e-mail, se inicie uma batalha contra esta revisão, que a bem das famílias mais desfavorecidas e de todas as nossas crianças, porque o Despacho Conjunto nº 891/99 deve permanecer, sendo que qualquer revisão deverá ter como objectivo um aumento dos apoios prestados a todas as crianças e suas famílias que necessitem de apoio real e efectivo.

Até mesmo nos EUA (o país mais anti-social do Mundo), o Modelo Ecológico é praticado, segundo a Parte H da Public-Law 99-457, que prevê que "qualquer programa de intervenção dever-se-á nortear por múltiplos factores, de forma a reflectir a visão complexa, multidimensional e interdependente do desenvolvimento da criança" (Sameroff, 1982; Sameroff & Chandler, 1975; Sameroff & Fiese, 1991), "fazendo notar que para dar resposta às necessidades da criança, tanto esta como a sua família têm que ser tidas em conta. Segundo a legislação em vigor é possível prestar apoio a Milhares de crianças e Famílias... Caso contrário estaremos a caminhar assim para o mais anti-social dos sistemas.

Só acreditamos que vivemos no século XXI... porque realmente escrevo um e-mail, apesar de continuarmos a conhecer pessoas, dignas de um desenvolvimento pessoal e moral muito próprio das populações dos séculos XVII, XVIII e XIX, quando se acreditava existirem Seres Humanos com mais direitos do que outros e que o ser Humano é imutável nascendo predestinado à luxúria ou à miséria.

Infelizmente Boaventura de Sousa Santos... no seu ensaio sobre as ciências, continua actual, afirmando que o desmesurado avanço tecnológico, sem um igual avanço intelectual e social de nada servirá ao Homem, pelo contrário.

Foi com espanto e tristeza que no início do ano ouvimos, numa conferência pública, que se pretendia alterar a legislação em vigor de modo a excluir os factores de risco ambiental dos critérios de elegibilidade para apoio em Intervenção Precoce. Desde aí, ouvimos reafirmar esta intenção por diversas vezes, com uma convicção cega e impulsiva. É com estranheza que verificamos que este assunto não é discutido em praça pública...Gostaríamos de ouvir publicamente o que o PCP pensa ou já fez...Gostaríamos de ouvir publicamente o que pensam Gabriela Portugal, Miranda Correia, Bairrão, Ana Maria Serrano, Boavida Fernandes, David Rodrigues, Ana Maria Bernard da Costa, Vítor da Fonseca, Rui Martins, Helena Martins (todos Professores Universitários) sobre esta possível reformulação.

Pessoalmente, acreditamos e vivemos a Intervenção Precoce como um Direito para todas as crianças e suas famílias.

Com os melhores cumprimentos e disponíveis para eventuais sessões de luta,

TU (Técnico Superior de Educação Especial e Reabilitação) e EU (Técnica Superior de Psicologia Educacional e da Reabilitação).

No Nosso Mundo, 11 de Novembro de 2007.


P.s. - Jean Jacques Rousseau disse-nos "Todas as crianças nascem boas, é a sociedade que as poderá tornar más.""


AMO-TE.

14.10.07

É assim que te amo

De chinelos de quarto, cabelo despenteado, absorvido nos livros, fazendo valer tudo aquilo por que lutamos.
Tua, ratatuinha.

23.9.07

Mel em palavras

É assim que te quero, amor,assim, amor, é que eu gosto de ti,tal como te vestese como arranjasos cabelos e comoa tua boca sorri,ágil como a águada fonte sobre as pedras puras,é assim que te quero, amada,Ao pão não peço que me ensine,mas antes que não me falteem cada dia que passa.Da luz nada sei, nem dondevem nem para onde vai,apenas quero que a luz alumie,e também não peço à noite explicações,espero-a e envolve-me,e assim tu pão e luze sombra és.Chegastes à minha vidacom o que trazias,feitade luz e pão e sombra, eu te esperava,e é assim que preciso de ti,assim que te amo,e os que amanhã quiserem ouviro que não lhes direi, que o leiam aquie retrocedam hoje porque é cedopara tais argumentos.Amanhã dar-lhes-emos apenasuma folha da árvore do nosso amor, uma folhaque há-de cair sobre a terracomo se a tivessem produzido os nosso lábios,como um beijo caídodas nossas alturas invencíveispara mostrar o fogo e a ternurade um amor verdadeiro.

Pablo Neruda

20.9.07

Um pedaço de história

"Amor, bem-vindo a casa, dizia ela numa voz bem calma; Nunca tão poucas palavras tiveram tanto significado, reconfortam a alma..."



Ratatui, obrigado. Um beijo apaixonado da tua Ratatuinha cor-de-rosa.

17.9.07

Sente-se.

Amor...
Não sei porque te estou a escrever. Talvez porque a solidão me entristece e só as palavras me acalmam, ou talvez seja porque o fim de uma das etapas mais importantes da nossa vida está a chegar, o ciclo termina e a porta das facilidades está lentamente a fechar-se...Mas secalhar não é por nada disto que eu te estou a escrever, sei lá.
Estou assustada com tudo.
Está tudo bem agora, eu sei. Penso que ao fim de nove meses, atingimos finalmente aquilo a que eu chamo de felicidade. Uma relação de confiança, respeito, honestidade, partilha, carinho, dedicação, amor...Talvez seja esta a forma que encontrei de te dizer que reconheço tudo aquilo que tens feito por nós, as coisas das quais abdicaste por mim, a paciência infindável que tens comigo e acima de tudo o respeito…
Neste momento não consigo encontrar nada de muito errado no nosso namoro e estou feliz. Mas eu não sei ser feliz, quantas vezes já falámos disto?! Tenho medo e estou assustada...Não encontro nada de errado e tenho medo de ser eu a errar...Tu quebraste todas as minhas barreiras e consegues ver para além do que algum dia desejei mostrar-te…Sinto-me frágil por conheceres já tudo de mim, sinto que já não tenho nada de novo para te dar e tenho medo que te canses de tudo isto que já conheces...No entanto, neste momento amo-te como nunca te amei, amo-te como nunca havia amado ninguém...Tenho vindo a aprender que o amor é esta sensação que fica em mim quando faço alguma coisa nova, por ti ou contigo, que nunca tinha tido sequer coragem de imaginar...Seria capaz de tudo pelo teu sorriso, independentemente de estares perto ou longe de mim. Tenho aprendido também que amar-te é possível mesmo sem estar perto de ti, pois sei que irei continuar a amar-te se estiver longe de ti, porque o teu amor encheu o meu coração de esperança e de coragem...
Penso muitas vezes, sem a mínima sombra de rancor, que poderias ser mais feliz sem mim, longe, livre...As feridas da vida e de um passado do qual não gosto, deixaram em mim grandes vazios que o teu amor me ensinou a preencher...Espero que entendas que não desejo isso, mas tudo aquilo que já perdi fez-me reagir a cada rejeição, a cada falta de carinho com silêncio. Até agora nunca havia aprendido a amar.
A tua liberdade já não me aflige pois sei que continuarei a amar-te e o prazer que sinto por te amar é o suficiente para sustentar a minha felicidade.
Algumas vezes fico a olhar para ti enquanto dormes e tenho vontade de congelar esses momentos e de ir embora, de fugir, de ser cobarde e deixar tudo para trás, para não ter um dia de experimentar a dor de te perder...O que mais desejo é conseguir ter forças para continuar a viver um dia de cada vez, a tornar os nossos sonhos realidade e a ver-te sorrir, a deixar o nosso amar crescer e fortificar-se...
Não sei se te lembras, mas só quero que saibas que são os nossos sonhos que me fazem sorrir só de lembrar e espero conseguir resistir ao medo até lá. Mas, se não conseguir e se fugir entretanto, quero que saibas que o meu amor acompanhar-te-á sempre, faz disso a tua certeza.
Tua.

9.9.07

"Dias quentes e de tempestade"


Pareço estar atordoada, completamente.

Digo apenas que pareço, porque na realidade não sei realmente se o estou.

Olhar triste, abatido, cansado ou excessivamente alegre, descontraído e estranho - já ouvi de tudo ultimamente e gostaria que as interpretações daquilo que o meu olhar pode ou não traduzir se reduzissem apenas à realidade: verde. Ponto, parágrafo, muda de linha.

Verdade é que tenho chorado bastante, muitíssimo, para ser sincera. Mas e então?! Não vem o mal ao mundo por isso, sempre me lembro de o afirmar verbalmente quando precisei de chorar. Isso é que me tranquiliza e não o fenómeno de verter lágrimas; apenas a expressão dessa necessidade.

Chorei de alegria e entusiasmo, ultimamente.

Chorei de orgulho ou com orgulho, frequentemente.

Chorei de ansiedade ou angústia, ocasionalmente.

Chorei de tristeza ou dor, raramente.

Em todas as situações, afirmei que precisava de chorar, deixei bem clara essa necessidade, mas poucas vezes verti lágrimas.

Não, não estou atordoada, apenas expectante.

Aguardo num compasso de espera, mudanças, encontros e desencontros. Agora que todas as decisões estão tomadas, apenas o momento certo para que se manifestem:

Sonhos que continuo a não conseguir encaixar em palavras; contudo, agora sei onde está aquela tranquilidade, posso sempre abrir a máquina e parar a centrifugação.

4.9.07

Quero-te a ti.

Por mais que me tenha esforçado, penso que não consegui dizer tudo aquilo que queria; penso não ter sido capaz de te explicar tudo aquilo que estou a sentir; deve ser por isso que sinto ainda esta angústia.
Estas palavras vou deixá-las no nosso cantinho, aquele que só tu conheces para que um dia, mais tarde, as possas ler e para que talvez nessa altura consigas entender-me.
Ingenuamente pedi para que me desculpasses, pensando que isso iria amenizar a agonia que estou a sentir, mas sei que ainda vais sentir-te com muita raiva de mim, talvez só depois disso possas desculpar-me realmente.
Tens que saber que és a minha pessoa mais especial, aquela que melhor me conhece, sinto-me feliz por poder estar a dizer-te tudo isto agora. Talvez por gostar de ti, te ache lindo, mas a beleza de que falo está naqueles pequenos nadas em que parece que só nos acreditamos. O fascínio que sinto em relação a ti, prende-se pelos valores que defendemos juntos, por tudo aquilo em que acreditamos.
Tenho muitos sonhos, tinha-os talvez, porque secalhar daqui a pouco nada disto vai importar. Mas nesses sonhos estás tu, está a nossa juliana, está o verde e o laranja dos cortinados, o azul dos tapetes, estão os bonsais e as sementes, está o vinho bebido ao jantar, estão os brindes, estão as nossas trocas de olhares, estás tu, estou eu, estamos nós e está tudo aquilo que desejámos construir um dia. Se te pedi para guardares tudo aquilo que é nosso, é por saber que eu não sou nada mais do que tudo aquilo. E fico feliz por ter essa certeza.
Quando te falo de sonhos, falo-te de ti, fisioterapeuta, falo de mim, a acabar o mestrado, falo da nossa juliana, falo do cão, falo do quintal, falo das crianças que um dia poderíamos vir a ter. Quando te falo de sonhos, falo-te de tudo aquilo que desejámos juntos.
Não consigo dizer-te muito mais do que isto, principalmente porque já te disse tudo.
Queria ser forte, como me ensinaste a ser, para te deixar ir embora, para te apoiar e para te dar coragem, mas não consigo.
Sei que por mim já modificaste demasiadas peças chave na tua vida; fizeste por mim algo que eu jamais serei capaz de retribuir, ou de te mostrar o quanto foi significativo para mim.
Pedes-me neste momento, para ter força, para continuar o meu trabalho, para não desistir. Pedes-me isto e eu receio não ter forças para o poder fazer. Sem ti, tudo isto deixa de fazer sentido e passo a acreditar e a confiar muito menos no que poderei ser capaz de fazer.
Lamento poder desiludir-te. Se o fizer, peço que me desculpes, se o fizer é por não encontrar forças.
Sei que esta tua decisão talvez seja, ou não, o melhor para ti, talvez precises de sair daqui, talvez não. Está a doer-me muito, penso nem sequer ser capaz de te explicar o quanto estou triste, mas não te peço para ficares, ficarás se assim o entenderes.
Apenas te peço para que não me deixes para trás, fica comigo. Confio em ti. Havemos de encontrar uma solução, mas não me deixes para trás, sozinha. Quero-te a ti, com todos os nossos problemas, dificuldades e obstáculos que temos enfrentado e que ainda temos pela frente, mas só juntos os conseguimos ultrapassar.
Lembra-te sempre que és a pessoa que melhor me conhece, que melhor sabe aquilo que mais desejei. Gosto de ti.
“Não digas a ninguém”.

26.8.07

Palavras..

Tu.
Controlo-me por não te chamar meu amor...
Não, não consigo evitar. Ainda não te tinha para me protegeres, na agitação das noites de trovoada, e ja chamava por ti baixinho: meu amor.
Então cá vai, escrevo a frase com toda a minha insegurança, letra-a-letra, para que nelas se imprima toda a força: Meu Amor.
Sim, tu, meu amor, não fujas por te assustar o peso desta frase: são apenas palavras.
Poder-te-ias assustar, sim, se me sentisses acordada enquanto dormes, tentando proteger o teu sono de todas as angústias que te atormentam. Ou se soubesses quantas são as vezes em que penso mesmo em me ir embora, só para não sentir que posso fazer-te mal.
És o meu amor e acredita, não precisavas de me ter dito nada, eu já o sabia, essencialmente já o sentia.
Ainda assim és o meu amor, mesmo sabendo dos momentos de infelicidade, de desespero, de saudade, de culpa.
Muitas vezes tenho medo, por mim, por nós, mas principalmente por ti. Tenho medo de ter medo ao ponto de te deixar ter medo.
Não tenhas medo de ter medo: Meu Amor, não te vou deixar cair.

29.7.07

Está tudo aqui.

Bicho.
Pequena sereia.
Juliana.
Bonsais.
Cor-de-Laranja. Cor-de-rosa. Cor-de-azul. Verde. Amarelo.
Tardes sem se fazer nada, fazendo tudo: estando, juntos. Juntos sempre: aqui, ali, em qualquer sítio.
Partiremos, se tivermos que ir; ficaremos, se quisermos ficar.
Eu gosto de cá estar, o mundo que começamos agora a conhecer e que começa a nos agradar porque o tomamos como nosso.
Gostarei de ir, o mundo que podemos vir a conhecer tras consigo a satisfação da conquista.
Não nos preocupemos, afinal está tudo aqui: em nós.

21.7.07

Sim?!

Porque amanhã é Domingo.
Porque amanhã é dia 22.
Confia em mim, sim?!
Escrevo para te dizer que nunca tinha sentido nada assim, que és especial, que te amo, que o meu orgulho em ti é infindável, que a noite de ontem foi maravilhosa, que te compreendo, que te vou fazer muito feliz, que te aceito e quero assim tal como és: MEU.

19.6.07

Estás sempre aqui comigo!

Tento sorrir. Tenho que ser forte.

Mas tenho tantas, tantas saudades tuas.

A cada instante lembro os nossos momentos, os nossos sorrisos, as gargalhadas que preenchem cada espaço de casa e das nossas vidas.

Adoro-te, sei que estás sempre aqui comigo.
Cor-de-Rosa. Tua.

17.6.07

Felicidade


Domingo.

Vestem as roupas simples do anónimato, sem responsabilidades, sem horários, sem títulos, apenas os mais importantes: cor-de-rosa, agora pequena sereia, e bicho.

Saem de mãos dadas, sempre. Sorriem, sempre. Beijam-se, sempre.

A gata, Juliana, exige atenção a cada instante, procurando afastar a lembrança do abandono.

Tal como ela, também eles deixam para trás, a cada instante, as incertezas e, a cada dúvida, apertam as mãos com força.

Cada momento é preenchido com gargalhadas, com sorrisos, com sonhos transformados em realidade.

Eu e tu numa só palavra, nós, felicidade.



23.5.07

Dia 22

"São estes meu amor" - Dizia ela enquanto abria, o mais possível, a sua pequeninha mão.
"São estes meu amor, hoje é dia 22!" - Dizia ela com o seu sorriso da menina que não queria nunca deixar de ser.
Depressa entendeu que aqueles 151 dias não ocupavam apenas a sua pequenita mão, mas sim toda a sua vida.
És tudo.
Tanto.
Nós.
Bshiu.
Bicho.

13.5.07

É domingo e não estás aqui.
Mas sei que estás bem, que estás onde deves estar e obrigo-me a sorrir.
Estou exausta e saturada.
Mas sei que é mesmo assim, que um dia serei recompensada e obrigo-me a seguir em frente.
É domingo, estou cansada.
Mas abro muito os olhos e obrigo as lágrimas a irem embora.
Mais logo.

7.5.07

Sim?

Abraça-me com força, com tanta força que quase me tira o ar mas me faz sentir amada e protegida.

3.5.07

Bshiu...

..."Não digas a ninguém"...
Que te amo. Tanto. Tanto é tudo.

23.4.07

Domingo, dia 22

Acordei cedo, bem disposta até.
Levantei-me, comi. Arrumei a casa, lavei loiça, lavei roupa.
Tomei banho, vesti-me, arranjei-me. Olhei ao espelho e sorri, muito a custo. A imagem que vejo não me agrada nem me desagrada. Continuo a achar que são os vossos olhos que me vêem linda. Mas desta vez obriguei-me a mim própria a gostar do que vi, sorri.
Afinal olhei para o relógio e vi: Domingo, um dos milhões que me prometeste, e dia 22, o quarto dia 22.
Para além de domingo, dia 22 é também o domingo, dia 22 em que vamos jantar a Faro.
Estou feliz.
Fazes-me feliz.
Muito feliz.

20.4.07

Momento certo...

Um dia, durante estes nossos intensos e inesquecíveis quatro meses, pediste-me para nunca deixar de te pedir para me conquistares; tinhas medo, dizias tu, que nos esquecessemos das coisas realmente importantes. Parece-me então este o momento certo para te pedir: Meu amor, continua a conquistar-me como fazes sempre, a cada instante. Continua a levar a jantar-me a Bombaim, mesmo à porta de casa. Continua a olhar-me com aquela intensidade que só tu sabes, com a ternura do primeiro olhar. Continua a chamar-me princesa cor-de-rosa por entre os suspiros da nossa cumplicidade. Continua a cuidar de mim, desta forma cheia de pequenos grandes nadas que fazem com que cada dia seja diferente. Mas mais do que tudo, continua a fazer-me sentir que já não consegues viver ser a minha doçura, sem mim. Amar-te é isso mesmo: até levar-te as coisas à piscina quando andar com a cabeça nas nuvens e te esqueces de tudo, mas de mim sei que não te esqueces. Nunca deixes de dizer: Meu amor! Porque de cada vez que tu dizes meu amor, volto a ter vontade de dar pulinhos nas nuvens e volta a viagem a paris.

Momento certo...

Um dia, durante estes nossos intensos e inesquecíveis quatro meses, pediste-me para nunca deixar de te pedir para me conquistares; tinhas medo, dizias tu, que nos esquecessemos das coisas realmente importantes. Parece-me então este o momento certo para te pedir: Meu amor, continua a conquistar-me como fazes sempre, a cada instante. Continua a levar a jantar-me a Bombaim, mesmo à porta de casa. Continua a olhar-me com aquela intensidade que só tu sabes, com a ternura do primeiro olhar. Continua a chamar-me princesa cor-de-rosa por entre os suspiros da nossa cumplicidade. Continua a cuidar de mim, desta forma cheia de pequenos grandes nadas que fazem com que cada dia seja diferente. Mas mais do que tudo, continua a fazer-me sentir que já não consegues viver ser a minha doçura, sem mim. Amar-te é isso mesmo: até levar-te as coisas à piscina quando andar com a cabeça nas nuvens e te esqueces de tudo, mas de mim sei que não te esqueces. Nunca deixes de dizer: Meu amor! Porque de cada vez que tu dizes meu amor, volto a ter vontade de dar pulinhos nas nuvens e volta a viagem a paris.

30.3.07

Muita coisa se tinha passado naquela semana. Joana nem se estava a conhecer; tantas decisões tinham sido tomadas…No espaço de uma semana tinha decidido procurar casa em Albufeira, tinha procurado essa mesma casa, tinha escolhido a casa e já estava a levar as suas coisas para lá…
Aquela era realmente uma nova etapa, estava tranquila, motivada e confiante. Estava decidida a ser feliz, custasse o que custasse; fosse onde fosse.
Estaria tudo perfeito se não fossem aquelas dores de estômago…
Joana acordou com aquela estranha sensação de que mais valia ficar na cama o dia todo. Não estava triste nem contente. Não tinha razões para estar triste e tinha muitas razões para estar contente. Finalmente via uma luz ao fundo do túnel do estágio por que já esperava à tanto tempo…Mas continuava a não saber gerir a maldade das pessoas, a falta de educação, de valores, a falta de respeito…Enfim, decidiu levantar-se, vestir-se e ir trabalhar com o seu maior sorriso, as crianças estavam lá à sua espera, não lhes podia faltar, afinal, elas sim, valiam a pena.

11.3.07

Sei que pode resultar...

Joana estava sozinha aquela manhã. Acordou cedo, não tinha dormido bem. As saudades estavam a começar a pesar. Teve vontade de ver o mar, isso iria aproximá-la de Diogo. O dia anterior tinha provocado um turbilhão de emoções dentro dela; não tinha vontade de chorar, apenas de se compreender e de se explicar. Teve saudades do abraço de Diogo, do sorriso do seu pai, da preocupação constante da sua mãe, do carinho da sua Kiki. Pensou que o melhor a fazer seria ir dar uma volta de carro, para perto do mar e para longe de tudo aquilo que a estava a perturbar. Antes de sair, escreveu:
“Também eu gostava, Diogo, que pudesses entrar dentro da minha cabeça para me poderes entender. Não gosto quando me agradeces ou me pedes desculpa, não estou a fazer nada de mais, nada de especial, gosto muito de ti. Nem sei se te devia dizer isto, não quero que as minhas palavras sejam um peso para ti, quero que sejas feliz acima de tudo. Acredita que sou sincera. Muitas vezes gostava de ter força para te mandar embora daqui, para te conseguir obrigar a seres feliz; outras vezes gostava de ter força para te mandar ficares aqui, para te obrigar a seres feliz. Entendes?
É verdade que muitas vezes a tua frieza me magoa, mas jamais me fez hesitar, aquilo que nos une é demasiado forte para que eu não compreenda o que vai na tua cabeça. Acredita que a tempestade que vai dentro de ti muitas vezes me arrasta sem me dar tempo para me agarrar. Mas o teu olhar, mar calmo e tranquilo que me aconchega dá-me tudo aquilo que eu preciso. Não quero que sejas o melhor do mundo, quero que sejas tu. É de ti que eu preciso. Sei que não entendes bem porque continuo aqui, porque te continuo a querer, porque te entendo e aceito; pois bem, vou então dar-te uma explicação…
Penso muitas vezes se serei frágil como quase todos me julgam ou se, pelo contrário, tenho a força que poucos me reconhecem…Penso talvez conjugar a cada instante estas duas potências, a força e a fraqueza, o gelo e o fogo. Não sei porque mas tu consegues reconhecer em mim cada um destes estados, penso que serás assim também. O teu abraço que me envolve, derrete todo o gelo quando me sinto frágil e as tuas palavras duras conseguem amenizar o fogo que me consome, puxas-me para a realidade.
Quando nos conhecemos, o teu interesse exclusivo pelo meu trabalho, ignorando os meus olhos verdes, fez-me ver que valias a pena. Agora sei que este mar verde sempre te fascinou, mas na altura conseguiste dar valor apenas ao que realmente importava. Conseguiste num almoço, conversar sobre os teus sonhos, a tua vida, os teus objectivos com uma sinceridade que me cativou, nada daquilo poderia ter sido estudado, não nos conhecíamos, mas éramos tão parecidos; é por isso que me revolto quando os outros falam das nossas diferenças, os outros sabem lá…
Até na tua fúria, no teu mar revolto e cortante me consegues confortar, sei que serás sempre sincero comigo, verdadeiro. Como sabes, na minha vida, tem faltado alguma verdade e sinceridade, é tão bom poder confiar em ti.
Não quero que sejas mais do que aquilo que és. Porque gosto de ti?! Porque nunca ninguém me tinha chamado cor-de-rosa, doce, nunca ninguém me tinha oferecido um sorriso só para mim ou um ombro para chorar, ou dormir. Porque nunca ninguém me conheceu assim como só tu conheces e ainda assim não te envergonhas de mim. Porque ninguém se preocupou como tu, se estou doente ou se não me alimento bem. Porque ninguém me ofereceu rosas como tu. Porque ninguém olhou para mim com a ternura que tu me ofereces. Porque me levaste a conhecer o teu mundo, apesar do meu medo, só por saberes o quanto isso é importante para mim. Porque apesar de saberes que me perturba, me contas quando estás com ela, porque posso confiar em ti. Porque sei que também tens medo de me perder, porque tens medo de nos perdermos, porque tens medo que eu me perca quando estou sozinha, e eu também tenho medo.
Porque somos diferentes, mas nunca me fizeste sentir que tinha que mudar. Porque fizeste por mim algo que eu sei que não mereço e que nunca te vou conseguir agradecer, apenas posso gostar de ti com todas as minhas forças, apenas posso querer, mais do que tudo, ter-te aqui sempre comigo, bem pertinho de mim.
Entendes agora o porquê?!

10.3.07

Gosto de ti

Porque existem pedidos que não temos coragem para fazer; porque alguns desejos são tão intensos que nem tentamos pronuncia-los; porque sentia que não devia pedir algo assim, mas porque era o que mais queria, com todas as suas forças, Joana apenas se limitou a abrir o “blog” e a escrever, na esperança que Diogo atendesse ao seu pedido: “Fica cá comigo, não vás embora!”

Decisões na nossa história

Aquela semana tinha sido complicada; Diogo não estava bem. O desânimo e a desmotivação que Joana já tão bem conhecia tinham decidido “atacar” abertamente acompanhados de uma profunda tristeza que se traduzia num cansaço facilmente identificado por todos. Estava visivelmente abatido.
Tudo aquilo deixava Joana ansiosa e preocupada. Não sabia bem se por consequência ou por coincidência mas acabou por passar uma daquelas tardes no Centro de Saúde. As análises, o soro, o medo e a frieza de Diogo naquele dia…Não sabia o que havia de fazer, sentia-a novamente perdida. As palavras de Diogo ecoavam novamente na sua cabeça…
O dia em que se teriam que separar estava cada vez mais perto…Joana queria aproveitar cada dia sem pensar no amanhã, sem pensar no dia em que teriam que dizer “Adeus”. Amava-o, não tinha a menor dúvida, mas estaria preparada para viver aquele amor à distância?! Teria coragem para dizer “Adeus”?! “Conseguiria passar sem ter Diogo sempre por perto?” Desejava com todas as suas forças que Diogo tivesse a força necessária para que se mantivessem juntos, afinal o pior já tinha passado…

24.2.07

Março...Maio...

Joana sentia-se cada vez, mais apaixonada; amava Diogo e essa certeza tranquilizava-a; não tinha medo de o amar, de o amar assim, e as palavras corriam soltas ao ritmo daquela ternura que a envolvia:
“Amarmo-nos é um caminho longo e nem sempre fácil, passando por pedras aguçadas que nos feriram doces sentimentos, chegamos à maravilhosa descoberta de nos atirarmos, sem medo, no abismo de nos amarmos sem limites. Quero-te sempre assim, sem nada nem ninguém entre nós…Porque amar-te é sentir-te no vento, no mar, numa gota de água presa em pétalas de roda. Amar-te é querer-te a cada instante sabendo que para nós existe apenas a eternidade.” – Joana escreveu aquelas palavras e enviou-as a Diogo num SMS imaginando o seu sorriso ao lê-las ao sair do avião.

17.2.07

Sonhos...Juntos...

Joana não conseguia entender o que se estava a passar com ela, sentia-se a pairar entre nada e coisa nenhuma…
Tinha mais do que razões suficientes para se sentir calma e tranquila, tudo podia finalmente começar a correr bem, mas aquela incerteza ainda a atormentava. Naquela noite tinha sonhado com viagens, apenas conseguia ver malas, sacos de roupa, caixas de livros e mais malas…Seria mesmo aquilo uma viagem? Joana sentia-se a procurar no fundo dos seus pensamentos a explicação para aquele sonho…Diogo estava lá também, conseguia vê-lo claramente, estava feliz e tranquilo, viu um beijo, estavam abraçados, estavam juntos…
Sabia que a angústia que sentia estava prestar a terminar, toda aquela incerteza estava quase a terminar e aproximava-se rapidamente uma nova mudança…
Joana desejava com o início, ou reinício da sua vida, melhor dizendo com uma nova etapa na sua vida; sentia-se realizada, adorava a profissão que tinha, começava a colher alguns frutos, amava Diogo e estava incrivelmente feliz, feliz como nunca tinha sido…Desejava agora a mudança de casa, sabia que tinha que ter paciência, desejava que cada pormenor fosse como tanto tinha desejado, sabia que estava cada vez mais perto desse momento e vivia essa espera com excitação e ansiedade, o mais importante era a presença de Diogo em cada momento da sua vida…

10.2.07

Segredos

Joana tinha aprendido a defender-se do exterior com todas as suas forças, sabia que ao se expor demais, ao se entregar apaixonadamente ao que fazia estava a abrir caminho para que a magoassem. Sabia que o passo seguinte era fechar-se no seu mundo e curar as feridas que a sua entrega e ingenuidade lhe causavam.
Tinha tido uma vida feliz até agora, sabia isso, nunca lhe tinha faltado nada e sabia-se rodeada de pessoas que lhe queriam bem, mas todas elas demasiado distantes ou demasiado envolvidas para a poderem compreender realmente; tantas vezes se sentira diferente, estranha…
A noite anterior tinha sido muito importante para ela, sabia que mais tarde ou mais cedo tinha que acabar por se mostrar a Diogo. Não se sentia bem em dizer “Amo-te” sem confiar nele, se que ele a conhecesse realmente. Amar para ela significava confiar, respeitar, aceitar…Então tinha que dar o primeiro passo e confiar em Diogo. E aquela reacção dele tão calma, sem espanto ou vergonha tinha-a tranquilizado…Sentia que aquela serenidade a tinha invadido para sempre; sentia-se mais leve e o sorriso surgia espontaneamente, puro e sincero…
“Agora sim posso dizer que te amo porque agora confio em ti…” – pensou Joana enquanto se imaginou a passear com Diogo no mundo de que ele falava com tanta ternura...
“Quero conhecer o mar da cor dos meus olhos…”

28.1.07

A nossa história V

Joana sentia-se revoltada com ela própria; se estava tão feliz com Diogo não entendia como podia deixar que aquela angústia tomasse conta dela e porque se conhecia melhor que ninguém começou a temer aqueles estúpidos pensamentos e resolveu escrever:
“Diogo, foste a pessoa que mais feliz me fez, mesmo em tão pouco tempo. Fizeste-me sonhar e acreditar. Adoro-te. Parabéns pelo teu aniversário. Não te esqueças de mim” – Escreveu Joana em breves linhas no blog que tinha contado aquela história nos últimos meses, a história deles.

27.1.07

A nossa história IV

Tinha passado já algum tempo desde a última vez que Joana havia escrito no blog, aquela história, a deles. Aquela fase estava a ser tão intensa e fascinante que pensava que não podia perder tempo a escrever; tinha que aproveitar todos os momentos para estar com Diogo.
Naquele fim de tarde em que se sentia tão tranquila deixou-se levar pelos pensamentos que chegavam calmamente enquanto se sentia a adormecer...Imaginava Diogo no jogo, naquele exacto momento, estava muito curiosa para o ver jogar, orgulhava-se tanto dele; conseguia articular todas as suas paixões, trabalho e desporto, seriedade e boa disposição…E fazia-a rir…Diogo estava a ser tudo aquilo que ela sempre tinha desejado. Sentia-se tão protegida, tão amada, tão desejada. Estaria a sonhar?! Muitas vezes acordava de noite e pensava se tudo aquilo era realmente verdade. A cada dia que passava sentia-se mais feliz; a descoberta constante de pontos em comum entre os dois dava-lhe a certeza de que iriam ser muito felizes. Tudo estava a ser como sempre tinha imaginado…A palavra “amo-te” vinda dos lábios de Diogo tinha finalmente ganho sentido…Joana queria ouvi-la a cada instante, precisava de confiar, de acreditar…Estava feliz, não fora aqueles malditos pesadelos e tudo seria perfeito…

14.1.07

A nossa história III

Joana sentia-se exausta, queria sair dali. Queria tanto que aquela relação resultasse. Mais do que isso, queria que aquele amor resultasse, aquele sonho, aquela história…
Estava triste, na noite anterior tinha entendido perfeitamente Diogo, conseguia sentir a confusão que estava a acontecer na cabeça dele, toda aquela pressão, chegava a ser desesperante e aquele medo, como ela conhecia aquele medo…
Ouvia aquela música, olhava para a janela na esperança que começasse a chover; a chuva iria misturar-se com as lágrimas e iria lavar-lhe a alma…Não queria sentir-se assim, a cair no fundo de um poço; se ao menos Diogo estendesse uma mão para a agarrar, tudo seria mais fácil. Precisava tanto de conseguir confiar nele, acreditar naquela relação. Precisava de mais do que o amor que sentia; precisava que aquele amor fosse retribuído. “Diogo, porque não estás aqui para me abraçar?!” – Pensou enquanto ia escrevendo.
Sempre tinha sido sincera com ele, nunca lhe tinha dito que aquela relação era para ela alguma coisa de momento, era a sério, ele sabia disso, sabia o que ela desejava, mas estaria ele disposto a dar-lhe um milhão de noites, como lhe tinha prometido na noite anterior?!

13.1.07

A nossa história II

Agora que tinha Diogo perto dela, Joana pensou que tinha deixado de fazer sentido continuar a escrever no blog. Afinal aquela tinha deixado de ser uma história impossível, uma história feita de sonhos e de desejos escondidos para passar a ser real. Mas quando Diogo a abraçou e lhe perguntou se ia continuar a escrever, dizendo que gostava de continuar a ler a história deles, achou que seria engraçado continuar a escrever. Se continuassem juntos e um dia tivessem filhos poderiam ler-lhes aquela história para os adormecer…
Joana desejou transformar em palavras todas aquelas sensações que sentia perto de Diogo. Não existia uma palavra que descrevesse o toque dele na sua pele, no seu corpo. Mesmo antes de o ter beijado já imaginava o prazer que sentiria ao toque dos seus lábios. Mas aquele momento tinha realmente ultrapassado todas as suas expectativas. Aquele beijo tinha sido doce e intenso. Tranquilizante e envolvente. Tinha sido o sonho tornado realidade. Aquele beijo tinha mesmo sido “aquele” beijo.
O toque envolvente e firme de Diogo fazia-a sentir-se protegida. A pele macia no seu corpo. As suas mãos pareciam conhecer cada parte do seu corpo. Desejava-o.
Diogo depressa a fez esquecer todas as suas inseguranças. Sentiu-se dele. Sentiu-se desejada como pensou nunca ter sido.
Perdida nos braços de Diogo sentia um misto de prazer e de ternura que jamais tinha sentido anteriormente. Estava apaixonada e estava feliz.
Os últimos dias tinham sido muito difíceis, Joana sentia-se exausta. Aquele cansaço físico que se misturava com a saturação do trabalho e com a pressão emocional, estavam a deixá-la esgotada.
Tinha os olhos cheios de lágrimas. Procurava não pensar no que tinha acontecido naquela noite. Diogo tinha-lhe prometido que não ia hesitar mais e ela tinha decido esquecer aquele episódio que podia destruir aquela relação que estava ainda tão no início. Mas agora, naquele fim de tarde, ali sozinha deixou-se cair numa melancolia que a levou para as palavras de Diogo: “Ontem pedi à Filipa para voltar…”. Como era possível que ele tivesse feito aquilo; ela gostava tanto dele, tinha acreditado na realidade de todos os sonhos e afinal ele tinha hesitado sobre uma relação que Joana pensava estar mesmo terminada. Quando Diogo lhe disse aquilo sentiu-se invadida por uma raiva incontrolável, afinal tinha esperado todo aquele tempo, gostava tanto dele; compreendia toda a confusão em que estava a cabeça dele, tinham sido mudanças demasiado bruscas e não se deixa assim uma relação de tanto tempo. Estava triste, tinha medo que Diogo não gostasse o suficiente dela e acabasse por voltar para Filipa. Sabia que tinha que lhe mostrar o quanto gostava dele, o quanto queria ficar com ele, o quanto o desejava, o quanto o queria fazer feliz…
Ouvia aquela música e o medo de perder Diogo aumentava a cada frase: “Agarra-me esta noite que amanhã não estou aqui…”. Precisava mesmo de estar com ele, estava cheia de saudades, sentia falta do seu toque, dos seus beijos, do seu cheiro. Estava muito apaixonada e estava muito feliz por isso. Diogo era especial; era o “tal”. Lembrou-se de procurar as estrelinhas a brilhar por cima do ombro esquerdo dele, na próxima vez que estivessem juntos…
Pegou no telemóvel e escreveu para Diogo: “Adoro-te, não me tires a oportunidade de te amar…”.
Porque é que os fins-de-semana têm de ser tão complicados?! Porque é que tudo tem que ser tão complicado?! Será que sou eu que sou complicada?! – pensou Joana depois de ter falado com Margarida ao telemóvel.
Joana estava realmente muito apaixonada por Diogo. Tinha aquela certeza dentro dela. Adorava-o. Queria conseguir amá-lo um dia; mas aquela relação era complicada, deixava Joana insegura e por mais que tentasse esquecer sabia que o episódio da semana passada entre Diogo e Filipa a tinha deixado insegura. Estava diferente, sentia-se diferente e via aquela relação de uma forma diferente. Antes estava apaixonada e pensava que isso chegava. Agora queria mais, muito mais. Estaria Diogo disposto a entendê-la e aceitá-la assim?!