26.8.07

Palavras..

Tu.
Controlo-me por não te chamar meu amor...
Não, não consigo evitar. Ainda não te tinha para me protegeres, na agitação das noites de trovoada, e ja chamava por ti baixinho: meu amor.
Então cá vai, escrevo a frase com toda a minha insegurança, letra-a-letra, para que nelas se imprima toda a força: Meu Amor.
Sim, tu, meu amor, não fujas por te assustar o peso desta frase: são apenas palavras.
Poder-te-ias assustar, sim, se me sentisses acordada enquanto dormes, tentando proteger o teu sono de todas as angústias que te atormentam. Ou se soubesses quantas são as vezes em que penso mesmo em me ir embora, só para não sentir que posso fazer-te mal.
És o meu amor e acredita, não precisavas de me ter dito nada, eu já o sabia, essencialmente já o sentia.
Ainda assim és o meu amor, mesmo sabendo dos momentos de infelicidade, de desespero, de saudade, de culpa.
Muitas vezes tenho medo, por mim, por nós, mas principalmente por ti. Tenho medo de ter medo ao ponto de te deixar ter medo.
Não tenhas medo de ter medo: Meu Amor, não te vou deixar cair.