12.10.14


Será que voltaremos a este espaço? Hum...........

3.12.09

Que bom que é quando o mundo fica a conhecer-te, meu amor!

Desculpa, meu amor.
Antes, todos os dias escrevia para ti. Desde que nos separávamos até estar ao computador a escrever para ti eram apenas cerca de vinte minutos que passavam...Lembras-te? Durante meses bati records e fiz o caminho entre Albufeira e Faro em 17 minutos. Saía de ao pé de ti ao final do dia de trabalho e corria para o computador, em casa para escrever aquelas que prometi serem as mais belas declarações de amor...
No blog, no Msn, por Sms. Foram noites sem dormir. Foram promessas escritas centenas de vezes. Escrevemos. Foi um período de espera. Esperámos. Foram momentos de angústia e dor. Sofremos. Foram dias e meses de críticas e de censuras. Aguentámos. Foram épocas de ter que tomar grandes decisões. Assumimos. Foi uma vida em conjunto que tivemos que aprender a construir. Eu apertei casacos e calças e saias e vestidos e camisas num armário minúsculo. Foi um ano de grandes batalhas. Eu aprendi a cozinhar e tudo derrubaste todos os meus medos.
Depois foste embora. Tinhas o sonho da tua vida por cumprir. Voltaste à escola. As pessoas acharam que estavas doido. Estavas a trabalhar e já tinhas um curso superior. Eu chorei, inconsolavelmente e pensei que não voltavas mas levei-te lá.
Durante dois anos fizemos duas viagens por semana. Albufeira e Setúbal. Setúbal e Albufeira. Comboios sujos e frios. Estradas vazias e escuras. Prometemos que nunca estaríamos um fim-de-semana longe um do outro. Cumprimos.
No topo do mundo, no meu sítio preferido, jurámos que seria para sempre e decidimos casar.
Desejei uma casa maior, outro conforto. Mudámos e agora temos um lar.
Os preparativos do casamento fluiram livremente.
O dia 22 de Agosto chegou.
Eu, uma pilha de nervos constante, estava tranquila. Mudámos pneus. Tomámos pequeno-almoço juntos, fizémos a ronda pelos cabeleireiros.
E chegou finalmente o momento:
Tu, vestido de preto. Um fato de seda, de barba. Sem gravata. Estranho para os outros. Para mim o homem mais lindo e maravilhoso. O meu modelo de beleza e sensualidade.
Eu, de cabelos pela cintura, soltos. Um vestido de seda, cai-cai, creme, liso, sem aplicações. Uns sapatos que descalcei logo após a cerimónia.
Sem igreja. Apenas um fantástico aldeamento com vista para o mar. Na relva. Ao final da tarde. Com um fantástico sol a aquecer os nossos corações. Escrevemos um para o outros. Foram esses os nossos votos matrimoniais.
Trocámos prendas entre nós. Tu alimentaste o meu vício, a minha paixão de consumo, relógios.
Eu levei-te a Paris. Porquê Paris? Isso jamais esqueceremos: 18 de Outubro de 2006. Estivemos em Paris, em imaginação e soubemos, em silêncio, que seria para Sempre.
Meu amor, temos na nossa perna esquerda, tatuada em árabe a frase: "Não digas a ninguém". Afinal as alianças podem ser tiradas.
"Não digas a ninguém" tatuado numa perna? Para os outros não faz sentido. Para nós, mais do que um filme francês é um lema de vida.
Quando dizemos aos outros que somos felizes, os outros invejam-nos. Temos dois ouvidos e uma boca porque algumas coisas devem ser guardadas apenas para nós.
Já não tenho medo de maus preságios e da inveja alheia.
As pessoas más só nos fazem mal na medida certa em que nós permitimos que isso aconteça.
Não digas a ninguém que daremos a vida um ao outro se preciso. Não digas a ninguém que os teus segredos são meus e os meus são teus. Não digas a ninguém que as tuas vitórias são as minhas e que daqui a um ano não serás Fisioterapeuta, seremos Fisioterapeutas.
Não digas a ninguém que o nosso amor nos fez quebrar todas as barreiras, nos fez casar, nos fez criar uma empresa, nos fez construir o nosso próprio emprego, nos faz querer ser pais.
Não digas a ninguém: Dizemo-lo ao mundo.
Juntos somos mais.

4.11.09

Para ti, meu amor...

Uma pequena surpresa para ti, meu amor, em:

http://janaotesintoemmim.blogspot.com/

"terça-feira, 3 de Novembro de 2009

Carta XXI
Um pequeno contributo sobre o Amor…
Se falar de amor é uma tarefa difícil, então escrever sobre amor é uma ilusória pretensão…Não se pretende fazer uma revisão da literatura sobre o tema, nem discutir teses ou opiniões, apenas que estas linhas surjam como se pensa que o amor deve fluir: livremente.Se se fala de amor desde que se fala de vida e se se fala de vida desde que se fala de morte, então fala-se de amor desde que se fala de morte. Este poderia ser perfeitamente um dos silogismos de Aristóteles e Platão. Mas, tal como os que são vulgarmente conhecidos através da lógica de Aristóteles, também este é digno de refutação…Falar de amor significou, no passado, falar de morte, de desgosto e de sofrimento. Lembremos a literatura clássica, o romance de Romeu e Julieta ou a poesia de Bocage.Platão, Aristóteles, Kant, associavam o amor à perda, à ausência; Shakespeare, à separação, ao desespero; Bocage, ao desprezo, à solidão. Para Camões, era “um fogo que arde sem se ver”; para Florbela Espanca era “alma, sangue e vida”; Para Ricardo Reis era “toque, carne”…O amor está nas páginas dos livros, nas letras das músicas, nas imagens da publicidade, está em todo o lado, depende apenas do prisma através do qual o vemos.Eduardo Sá, fiel descritor da realidade dos nossos dias, apresenta-nos seis amores, defendendo o sexto como sendo o especial, o único. Pessoalmente, concordo.Penso que se se analisar a realidade actual, encontramos um retrato fidedigno do que é o amor, sem adereços, sem falsos moralismos, afinal já lá vai o tempo dos amores prometidos à nascença.O amor existe. Sem a menor sombra de dúvida.Existe nos momentos em que se sonha acordado, com a realidade que se quer construir, um dia.Existe na mão invisível do pintor que borra o céu em tons de rosa, enquanto os condutores na sua azáfama, nem se apercebem do cair da noite.Existe na delícia de um gelado que se saboreia em pleno Inverno.Existe nas horas em que, incógnitos, passamos horas em frente à montra da loja de artigos para bebé.Existe naquela letra de música que gritamos a plenos pulmões, na certeza de ter sido escrita para nós.Existe em todas as promessas, feitas em silêncio.Existe no toque firme da paixão.Existe no olhar do homem que venera o sono da sua mulher, na esperança de vislumbrar uma curva, quente, da sua silhueta.Existe, nas lágrimas que correm, à chegada e à partida.Existe no animal que dorme, tranquilo ao nosso colo, confiando na mão que o acaricia.Existe nas plantas que germinam, fruto da paciência e da dedicação.Existe na lembrança, na saudade.Existe nas cores, nos sons e nos cheiros que provocam sorrisos pela recordação de quem se ama.Existe na coragem necessária para afastar o objecto do nosso amor, empurrando-o na luta pelos seus sonhos.Existe na força com que se escolhem as melhores palavras para esconder o desespero que a ausência provoca.Existe na loucura de dizer “adeus”, quando se quer dizer “fica”.Existe na insanidade de confiar no outro, como em nós mesmos.Existe na entrega total, de saltar sem rede, começando tudo de novo, infinitas vezes.Existe na febre com que se diz “para sempre”, na consciência das dificuldades do amanhã.Existe na mão do homem, que toca firme, na barriga da mulher onde cresce a esperança.O amor existe.É vida.É onde tudo começa, onde nada termina.Casámos, meu amor, porque te sinto em mim.
Por Cor-de-Rosa.
_________________________
Obrigada pela contribuição, Cor-de-Rosa.=)
E continuem a contribuir com as vossas cartas cheias de sentimento.
4 pessoas que sentiram* (e os respectivos comentários foram):


continuando assim... disse...
e depois o tempo passa ... somos felizes ..infelizes ... temos certezas absolutas !! não sabemos nada... e só sentimos... e ninguém consegue definir o indecifrável :) essa "coisa" a que chamamos amor ...:)bj teresa
04 Novembro, 2009 02:12
Nuvem disse...
Linda... porque sim... porque o amor existe e é verdadeiro.beijos
04 Novembro, 2009 10:53
gimbras.nofuturo.com disse...
O Amor existe.Existe sim.Existe e vi-o neste texto.Amei... :) mesmo a participação da Cor-de-Rosa. :) Perfeito.Adorei esta parte, porque me diz muito: "(...) Existe no animal que dorme, tranquilo ao nosso colo, confiando na mão que o acaricia".Obrigado, foi fantástico.
04 Novembro, 2009 11:49
Lila* disse...
Gostei mt do texto:)
04 Novembro, 2009 11:56"


Espero que gostes...
Amo-te,
Tua,
Cor-de-Rosa.

24.9.09

E já fizemos um mês de casamento!


E aqui fica...


O Segredo do Casamentopor Stephen Kanitz


"Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado 30 anos com a mesma mulher. As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não perguntam à minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo. Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo. Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue.
Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu 3º casamento, a única diferença é que me casei 3 vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano, está em seu 5º, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu. O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido.
Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial? Há quanto tempo não fazem uma lua de mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção? Sem falar nos inúmeros quilos que se acrescentaram a você, depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 quilos num único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo? Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo e a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.
Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é sua esposa que está ficando chata e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração. Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos. Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento.
Mas, se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior. Não existe essa tal "estabilidade do casamento", nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma "relação estável", mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensando fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.
Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par."

10.7.09

A propósito do Casamento


Estou nervosa.
Hum...Nervosa acho que estava a semana passada. Bem...Nervosa estava o mes passado, hum...recapitulando...Nervosa estava o mes passado, a semana passada estava excitada, hoje já estou mais ou menos, assim a cair para o estado "em panico"...
É um bom prognóstico, sem dúvida. Falta um mes, antes de ontem já desmaiei, o que me faz prever que dia 21 de Agosto, ou seja na véspera, me dará um ataque, um faniquito, estarei a "panicar" a todo o instante, com certeza.
Parece-me esta ser a melhor altura para fazer aqui uma...uma nao, duas breves notas explicativas: 1) As alianças nao serao estas, serao outras ainda mais giras, como é óbvio... 2) Antes de ontem desmaiei, mas nao foi sintomático do panico do casamento, foi o meu caríssimo e ilústre gatinho surdo octávio, vulgo Xikinho, que literalmente voou da varanda....É assim o amor, dá-nos a sensaçao de termos borboletas na barrigas e nós vamos, sem medos, atrás do nosso objecto de desejo, o dele foi uma bela andorinha que habita num ninho mesmo à frente da varanda...Ele ganhou coragem uma semana, duas, tres semanas e na quarta-feira foi o dia D...hum...dia D nao...dia Q...(de queda, claro está!)...Foi lindo, fez uma breve paragem no guarda-sol da vizinha de baixo, devia querer espreitar se ela lá tinha assim umas flores ou uma caixinha de bombons para levar à sua amada e depois lá foi ele, em queda livre, aterrou lá em baixo, em pé. Porque as árvores morrem sempre em pé mas os Gatos em geral e os Bosques da Noruega em particular caem, mas caem com classe, em pé, e ele assim fez, caíu, esfolou o seu real focinho mas nao deu de si, abanou a sua imponente juba e seguiu em frente. E o Pedro lá foi ele, apanhar o gato, pensando de certeza que as emoçoes já tinham acabado...Enganou-se! Chegou cá acima, abriu a porta de casa e a sua estonteantemente bela noiva (eu, claro!) afirmou: "Pedro, vou desmaiar!" - E assim fiz que eu sou uma mulher de palavra, nao me fico pelas promessas, digo e faço.
E pronto, os meus dias tem sido assim.
Cheios de emoçoes ou nao faltassem apenas 43 dias para o Casamento do Século. 22 de Agosto pelas 17horas, apenas para uma paleta de ilústres convidados, ao caír da tarde numa cerimónia altamente chique, porque eu nao prometo apenas, eu faço.
E pronto.
Por aqui me fico, por hoje.
Eu, Shia Silva(quase Silva de Almeida).

1.6.09

Avante!


Para iniciar esta minha escrita, tanto tempo depois, aqui deixo uma cópia integral do último post de um blog muito especial para mim, de uma pessoa especial: (depois da leitura já continuo com as minhas divagações do costume...


"Elogio do Amor - Miguel Esteves Cardoso
Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em “diálogo”. O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam “praticamente” apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do “tá bem, tudo bem”, tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona ? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo ? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso ”dá lá um jeitinho sentimental”. Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A “vidinha” é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um minuto de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."


Continuando então...

Ando com a minha cabeça tão cheia, tão às voltas que sinto não conseguir organizar as ideias ao ponto de conseguir escrever alguma coisa que tenha lógica...Enfim...


Meu querido, tenho tantas, tantas saudades tuas, conversar contigo faz-me tão bem e faz-me tanta falta, acho que neste momento apetece-me abraçar-te e pronto! No dia 9 vou a Lisboa, para além do resto espero encontrar o teu abraço. Até lá, para matar saudades "roubei" o texto do teu último post. Não te vou perguntar, nem hoje nem depois como estás. Eu sei, vamos vivendo e pronto.


Ontem senti-me triste, triste e pronto. Sem cabeça, sem vontade. Não sei se é por tudo. Não sei se é por nada. Porque é que a cabeça não se pode programar para funcionar assim em modo de rascunho, "draft", como as impressoras...Porque tenho que sentir a minha cabeça assim a girar, girar...


Este vai ser um mês complicadito. Pronto. É respirar e seguir em frente. Um dia de cada vez.


Faltam 84 dias.


E porque para bom-entendedor, meia palavra basta:

Obrigada por tudo.


Um beijo e um abraço.


Catarina.




17.3.09

Finalmente!


O meu sonho acaba tarde!

O meu sonho nunca acaba, contigo a meu lado.

Os meus sonhos, realidade...

Amei o por-do-sol, lilás... Contigo a meu lado...

A Madrugada carregada pelo extase da vida na cidade...

A alvorada e o cheiro do nascer de mais um dia, carregado de esperança...

A tarde, quente, que entrelaça os nossos corpos, sedutores...

E a noite, só nossas são, as nossas noites...

Promessas de amor eterno...Em que tu partes, em direcção ao céu e regressas com a tua Estrelinha...

Em que tornas tudo possivel e visivel...

Para depois me embalares, mandares embora os fantasmas e me deixares adormecer...

E sonhar...

E depois,

A alvorada chega, carregada de novos sonhos, desejos...

E tudo volta ao inicio, mais um sorriso!

Amo-te minha vida, meu anjo.